terça-feira, 11 de novembro de 2003

Noutro dia vi uma bela rapariga. Era mesmo muito bonita. Mas não tinha uma perna. Pus-me a pensar como ela teria perdido a perna. Seria deficiência? Não me parecia. Doença? Talvez. Acidente? Não sei porque, mas estou muito mais inclinado a acreditar nesta última hipótese. Cada vez há mais acidentes na estrada, e muito mais vidas estragadas por causa de espertos ao volante. Vejo-a como uma pessoa normal e completa que vai dar um passeio e de um momento para outro, por culpa dela, ou de outro qualquer, vê-se envolvida num acidente que lhe custa a perna. Assim num abrir e fechar de olhos. Uma rapariga gira, mas sem uma perna. E lembrei-me do filme Kill Bill. Melhor, lembrei-me da violência do filme, dos membros cortados, do sangue exagerado e voltei a rir, como quando vi o filme e ri ainda mais dos que acharam o filme extremamente violento. O filme é puro entretenimento e ainda por cima muito bem feito. Violência é ver uma rapariga gira sem uma perna para a vida inteira. E sem ao menos ter a honra de a perna ter sido decepada por uma espada Hattori Hanzo, mas sim pelo estúpido e evitável acidente, como todos o são.

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