sábado, 3 de abril de 2004

Preparem-se. O que vou revelar vai abalar muita gente. Aviso as pessoas mais sensíveis que o melhor é pararem de ler aqui. Agora. Enquanto é tempo. Não digam que não vos avisei. Não quero ser responsável por causar danos mentais. Já bastam os meus. Feitos os avisos, aqui vai: “EU ATÉ GOSTO DE TRABALHAR”. É verdade. Nunca pensei ver o dia em que alguma vez diria isto. E mais. Gosto ainda mais quando trabalho sobre pressão. O prazo a acabar, o trabalho atrasado, o chefe a berrar ao ouvido, os nervos à flor da pele, tudo isto contribui para que eu trabalhe mais e com mais prazer. Chega a ser masoquista. Ao ponto de por vezes ir adiando as coisas, só para sentir o gostinho da dificuldade.
Admito, se calhar as últimas duas frases estão um pouco exageradas, mas achei que ficavam bem. E o que é uma mentirinha, ainda para mais que, ontem, dia de 1 Abril, nem uma peta disse, quando o texto fica mais enriquecido. Mas voltando ao que me motivou a escrever isto, para mais a esta hora da noite, e antes de pensarem:”Este gajo é maluco, deve ficar pela noite dentro a acabar os trabalhos e ainda por cima gosta”. Enganem-se. Quer dizer, enganam-se em parte. Tenho uma certa pancada, é verdade. Mas tenho um limite quanto ao trabalho, ou seja, gosto de jantar a horas decentes - entre as 20 e as 22 horas - e a partir daí não pensar mais em trabalho. É este o meu limite. A hora de jantar. Concluindo, até gosto de trabalhar, e faço tudo para que as coisas corram bem. Mas ninguém, ninguém mesmo, me tire a hora de jantar. Queriam o quê? Mais cabelos brancos do que já tenho? Não, obrigado. Trabalho é bom, mas a horas decentes.

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