terça-feira, 6 de abril de 2004

Fim de semana passado: Folhadal, rafting e David Byrne.

Sábado:

12:00 - Início da viagem. Destino: Folhadal.
14:00 - Paragem no "Bigodes". Para comer umas sandes e esticar as pernas.
16:30 - Chegada ao Folhadal, concelho de Nelas. A cerca de 300 de km de Lisboa e a 50 e tal de Viseu (acho eu). Descarregar as trouxas e fazer o reconhecimento da casa. O frio não é muito, mas acende-se a lareira.
17:00 - Ida até à Associação para copos, bilhar, copos, conversa, copos e mais copos.
Nota: Lembrar da próxima vez para levar uma máquina fotográfica que não me acabe a bateria logo no inicio do fim de semana.
20:00 - Regresso a casa para jantar. Frango no churrasco, vinho de Tomar, boa companhia e principalmente boa disposição.
21:30 - David Byrne começa a actuar no Coliseu dos Recreios em Lisboa. O jantar continua.
23:00 - Regresso à associação. Mais copos, ping-pong - não joguei, sou um autêntico nabo - e visita guiada por um ilustre sócio às instalações. Impressionante o tamanho do espaço e o que se pode fazer mesmo sem muito dinheiro, mas com muita força de vontade. Um exemplo a seguir.

Domingo:

01:00 - David Byrne acaba o concerto com "Once in a Lifetime". Regresso a casa. Mais uma trincadela no frango. Alguma conversa. Descobri que a Shakira é "meio" libanesa da parte da mãe e fala árabe. Ou pelo menos canta. Estou impressionado. Aliás, ficamos todos.
02:00 - Dormir. Tentar pelo menos. Começo a pensar no dia seguinte, no rafting e no que pode acontecer. Estou com algum receio. Custa a adormecer. Perto das três, finalmente consigo.
03 e picos - Acordo de repente. Acordamos todos. Uma batida constante na porta. Algum receio em ir a porta. Alguém com coragem vai até à porta e descobre ser uma partida dos locais. Uma antiga tradição que consiste em bater à porta da vítima, ou vítimas, com um tronco de madeira amarrado a uma corda, por forma a que os partideiros possam ficar a uma distância segura. Chamam-lhe um "pisão" ou "bisão". Não cheguei a perceber. Depois disto tudo, finalmente adormeço.
07:20 - Acordar, levantar e cagar. Tomar um pequeno-almoço forte e seguir viagem. A cabeça enche-se de minhocas sobre o rafting. Parte de mim está entusiasmada com a nova experiência, a outra só pensa o pior. Não consigo evitar.
08:30 - Inicio da viagem até Canelas, de Arouca. Não de Penafiel. Fica perto de Entre os Rios.
12:00 - Chegada a Canelas depois de alguns quilómetros a mais, o que, digamos, só enriqueceu a viagem. Pequeno briefing do pessoal do rafting, a equipa do Capitão Dureza.
12:30 - Vestir os fatos de neoprene e preparar-se para a descida do Rio Paiva. Algumas normas de segurança e estamos prontos para começar. Estou preparado para tudo. E sinto-me seguro.
13:00 - Começou a descida. E o que posso dizer sobre o rafting? Recomendo vivamente. É uma actividade com alguns riscos, é claro. Mas perfeitamente segura, desde que se cumpra as instruções do guia. E foi pena, que a época de rafting no rio Paiva já estivesse no fim, o que significa que o caudal do rio não está tão forte, não sendo assim os rápidos tão rápidos. Mas, já deu para o primeiro gostinho.
19:00 - Regresso a Lisboa. Cansados, mas satisfeitos.
21:30 - Paragem em Leiria. Jantar no Grelhas. Mesmo à saida da estrada nacional. 8 euro e meio por pessoa, comida à discrição. Mesmo o que o pessoal precisa. Inicio do concerto de David Byrne no Coliseu do Porto.

Segunda -feira:

01:00 - Chegada a Lisboa. Fim do fim de semana. Fim do concerto de David Byrne. Um sorriso na cara. Um sono feliz.

Balanço: Perdi pela terceira vez a oportunidade de ver David Byrne, um dos génios artísticos que mais admiro, e podem acreditar que voltaria a perder, caso a razão fosse mais um fim de semana destes. (Obrigado, miúda, por nunca te esqueceres de mim e seres a minha melhor amiga). Que venham mais fins de semana assim. Do melhor.

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