terça-feira, 1 de junho de 2004

Se há coisas que me desagradam, entre muitas outras, é encontrar pessoas na rua que já conheço há vários anos, mas de que nunca soube nem o nome, nem o que faz. Aliás, nem me lembro de como as conheci. Na maior parte das vezes isto resolve-se com um simples cumprimento, um "Olá", um "Tudo bem?" ou apenas um acenar de mão. E isto sempre a andar, sem parar, para que não haja grandes conversas. Sim, porque a sensação que tenho é que a outra pessoa, está a pensar o mesmo que eu. O que é bom, pois eu não sou de grandes conversas da treta.

O problema é que parece que nem todos compreendem esta regra. Hoje, aconteceu, encontrar uma pessoa dessas. Adivinhem o que ele fez? PAROU. Sim, parou para falar. Já me viram isto? A regra principal foi quebrada. Fui obrigado a parar e fazer a típica conversa de treta. E aconteceu exactamente o que eu esperava e receava, que é ficar sem nada para dizer um ao outro um pouco depois dos cumprimentos iniciais. Deve ter sido pelo menos uns trinta segundos - o que é quase uma eternidade - nessa situação. Estava a tornar-se constrangedor até que decidi dizer que estava atrasado e tinha de me apressar. Senti que foi um alívio para ambos. E lá fomos à nossa vidinha.

Com isto tudo, não pensem que não gosto de conversar. Ou de encontrar pessoas. Muito pelo contrário, gosto muito. E até costumo me meter muito com as pessoas. Há quem diga que por demais até. Mas há coisas que decididamente, não me caiem bem. Este é um caso desses. Não é culpa da pessoa é mesmo a situação em si. Definitivamente, não há condições. Mas digam-me, isto também vos acontece, ou não? Será um problema meu apenas? Mein gott, espero que não.

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