Este fim de ano, este meu fim de ano, foi incaracterístico. Dores de cabeça fizeram-me ver o fogo em casa. Nunca, NUNCA, o tinha visto em casa. Agora que o fiz, não quero repeti-lo. Costumo vê-lo do bom sucesso. A minha casa é em S. Pedro. O fogo é imponente, mas o sítio, a perspectiva, importam muito no efeito que este exerce em quem o vê.
Por outro lado, estando quase no centro da cidade, ouvi, segundos antes de começar o espectáculo, umas multidões a exultar (HEEEEEE!!!), um som que vinha de algures da cidade, de quem olhava para o céu e que, para qualquer bom entendedor, queria dizer "Olá, feliz ano novo", no meio de um abraço.
Portanto, o fogo foi, do meu ponto de vista (strictu sensu) menos intenso; o factor humano foi comovente. Comovente porque ouvia, sentia, um conjunto completamente heterogéneo de pessoas a festejar, com alegria (e reparem bem nesta palavra - alegria) um dia. Um dia! Não uma vitória eleitoral, não um jogo de futebol, não uma festa religiosa - em qualquer destes casos há sempre excluídos. Mas um dia! Um dia comum, tão comum quanto o Inverno ou Fevereiro, ou quanto o 24 de Julho. Todos estes acontecem uma vez por ano.
Uau!
sábado, 3 de janeiro de 2004
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