terça-feira, 16 de dezembro de 2003

Hoje ao passar os olhos pela edição electrónica do Diário de Notícias da Madeira, acabei lendo uma carta de um leitor que se indignava com os porteiros de uma determinada discoteca. Em traços gerais, o que ele dizia era a treta do costume, os porteiros são deuses e senhores da noite. Concordo e acho muito bem que assim seja. Concordo que haja selecção à porta. Se não houvesse, digo-vos, a noite não teria tanta graça. O problema desta pessoa e de muitas outras é que só sai à noite de vez em quando e está à espera de ter os mesmos direitos que as outras – grupo no qual me incluo – que todos os fim de semana andam na noite, a gastar dinheiro, a beber, a criar bom ambiente para que os “senhores-de-uma-saída-à-noite-por-mês” possam divertir-se. Pois não têm os mesmos direitos, nem podem ter. Acho muito bem, que um cliente habitual tenha prioridade na entrada em relação a um outro cliente que ali vai ou pela primeira vez ou que só vai de tempos a tempos. Existe todo um trabalho que já foi feito e continua a ser feito que tem de ser recompensado.
Por estas e por outras, é que uma pessoa deve fidelizar-se a uma determinada casa. Da primeira vez que vamos lá até podemos pagar ou até mesmo não entrar. Não desesperem, na semana seguinte volta-se e provavelmente o tratamento é outro. E se continuarmos a lá ir frequentemente, verão que só tem a ganhar com isso. A partir de certa altura, começamos a tratar as pessoas da casa por tu, a ganhar simpatia, confiança e quem sabe até uma certa amizade. Melhor, na maior parte das vezes o sentimento é retribuído. Isto não quer dizer, que não possamos ir a outros sítios. Pode-se ir. Mas volta-se sempre onde sabemos que seremos bem recebidos e sem deixar passar muito tempo. Sigam este conselho, fidelizem-se a uma casa e estejam certos de que pelo menos nunca ficarão pendurados à porta .

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